O Flamengo de Jorge Jesus
Depois de uma chegada algo atribulada ao Brasil, onde grande parte da comunicação social nos seus vários programas dedicados ao comentário da actualidade do futebol brasileiro, tentaram vender a ideia que JJ não seria a pessoa mais capaz para orientar uma equipa brasileira e muitos puseram em causa a qualidade do treinador afirmando categoricamente que o treinador não aguentaria sequer dois meses.
Pois bem ao fim de praticamente 4 meses Jorge Jesus recuperou 16 pontos, e tem a comunicação social Brasileira dividida em relação ao seu trabalho. Apesar do trabalho fantástico realizado pelo Flamengo desde a chegada to treinador português, todos os fim de semana praticamente, se verem deitar por terra recordes com mais de 30 anos a resistência que se faz sentir ao técnico já deixou de ser da crítica “barata” para uma crítica mais do estilo “ com essa equipa qualquer um é campeão” que ainda assim se bem analisada é incompreensível.
Vamos então a factos. Em 28 jogos realizados, até ao dia em que escrevo este artigo, o Flamengo ganhou 19 jogo, alguns de forma categórica como por exemplo ao Grémio por expressivos 5-0 no Maracanã, 7 empates entre eles no primeiro jogo oficial 1-1 com Atlético Paranaense e também pelo mesmo resulto e adversário o jogo que ditou nos penaltis o afastamento Flamengo da copa do Brasil e por fim 2 derrotas a primeira para a Libertadores contra o “modesto” EMELEC e a segunda contra o Bahia depois do jogo da segunda mão contra o EMELEC que apurou a equipa para a ronda seguinte na marcação de grandes penalidades e onde foi evidente todo o desgaste dos jogadores provenientes do jogo da Libertadores.
É certo que JJ viu a sua equipa ser reforçada com grandes nomes que chegaram de equipas de topo da Europa como Rafinha (ex Bayer de Munique), Felipe Luís (ex atlético de Madrid) ou até Gerson (ex Roma) ainda assim grande parte dos jogadores já coabitavam no clube a quando da distância de 8 pontos para o então líder Palmeiras orientado pelo nosso bem conhecido Luiz Filipe Scolari.
JJ fez uma transformação tão grande na equipa que jogadores que tinham um papel secundário passaram a ter outros papéis depois de terem sido recuperados por JJ o caso mais gritante é o de Arão que hoje juntamente com Gérson, sobretudo depois da Lesão de Diego, um papel fundamental no plano táctico de JJ. A forma de jogar do Flamengo mudou e se no primeiro jogo o ritmo era baixo e os jogadores demonstravam, por vezes, estar perdidos em campo à medida que o tempo foi passando e jogo após jogo o futebol ofensivo apresentado pelos pupilos de JJ foi crescendo as ideias cada vez mais assimiladas e mesmo depois de perder 6 titulares entre lesões, algumas graves, e castigos a equipa não “perdeu gás” embora alguns jogos as exibições foram menos conseguidas (assim de cabeça lembro-me de 3) no final os três pontos iam sempre com Jesus. É certo que não se podem ganhar todos os jogos com exibições refinadas as vezes jogamos mal e mesmo assim aquela estrelinha da sorte faz questão de não nos abandonar e outras vezes até o adversário bem organizado obriga-nos a mudar estratégias com o decorrer do jogo e a ter de dar o certo pelo incerto na procura da “felicidade”.
Procurou alterar sistema táctico, do anterior 4x3x3 utilizado na maioria dos jogo por Abel Braga optou por um 4x2x3x1 que apesar de ter 2 pivôs defensivos é uma equipa bastante ofensiva com várias variações em posse. E dependendo dos protagonistas a explorar ou a largura ou a profundidade.
Trouxe uma nova dinâmica e uma maior intensidade, sobretudo nas fases de transição.
Mais que as boas exibições JJ trouxe novamente a crença aos adeptos rubro-negros quer em casa quer fora a “torcida” tem comparecido em massa e a crença nesta equipa é muito grande. Com a final da Libertadores à porta independentemente do resultado final a grande vitória deste Flamengo foi devolver a esperança aos adeptos, e esse crédito tem de ser dado a JJ.
Será Jorge Jesus capaz de festejar a Libertadores e o Brasileirão?
Será uma decepção ganhar “apenas” uma das competições?
Na minha opinião será uma desilusão se não conseguir ganhar nenhuma das duas.
Não ganhando a Libertadores teve o mérito de chegar à final algo que não acontece desde de 1981 única final na competição que acabou por vencer numa final jogada a 2 mãos contra o Cobreloa do Chile (2-1 em casa e perdendo 1-0 no Chile) tendo no jogo de desempate ganho por 2-0 com dois golos de Zico.
Não ganhando o campeonato, depois de recuperar 8 pontos e depois de ter estado com 10 pontos de vantagem será uma decepção do ponto de vista dos sócios e simpatizantes do clube atenuada apenas se conseguir triunfar na Libertadores.
Se ganhar as duas competições, com aliás espero e vaticino (
) Jorge Jesus terá um ano memorável que perdurará para sempre na história do Flamengo. Arrisco-me a dizer que se conseguir, no próximo ano terá uma estátua no Maracanã e 80% dos bebés do sexo masculino nascidos depois dessas conquistas terão o nome de Jorge Jesus...
Esperaremos pelo final da época desportiva do Flamengo.
Pois bem ao fim de praticamente 4 meses Jorge Jesus recuperou 16 pontos, e tem a comunicação social Brasileira dividida em relação ao seu trabalho. Apesar do trabalho fantástico realizado pelo Flamengo desde a chegada to treinador português, todos os fim de semana praticamente, se verem deitar por terra recordes com mais de 30 anos a resistência que se faz sentir ao técnico já deixou de ser da crítica “barata” para uma crítica mais do estilo “ com essa equipa qualquer um é campeão” que ainda assim se bem analisada é incompreensível.
Vamos então a factos. Em 28 jogos realizados, até ao dia em que escrevo este artigo, o Flamengo ganhou 19 jogo, alguns de forma categórica como por exemplo ao Grémio por expressivos 5-0 no Maracanã, 7 empates entre eles no primeiro jogo oficial 1-1 com Atlético Paranaense e também pelo mesmo resulto e adversário o jogo que ditou nos penaltis o afastamento Flamengo da copa do Brasil e por fim 2 derrotas a primeira para a Libertadores contra o “modesto” EMELEC e a segunda contra o Bahia depois do jogo da segunda mão contra o EMELEC que apurou a equipa para a ronda seguinte na marcação de grandes penalidades e onde foi evidente todo o desgaste dos jogadores provenientes do jogo da Libertadores.
É certo que JJ viu a sua equipa ser reforçada com grandes nomes que chegaram de equipas de topo da Europa como Rafinha (ex Bayer de Munique), Felipe Luís (ex atlético de Madrid) ou até Gerson (ex Roma) ainda assim grande parte dos jogadores já coabitavam no clube a quando da distância de 8 pontos para o então líder Palmeiras orientado pelo nosso bem conhecido Luiz Filipe Scolari.
JJ fez uma transformação tão grande na equipa que jogadores que tinham um papel secundário passaram a ter outros papéis depois de terem sido recuperados por JJ o caso mais gritante é o de Arão que hoje juntamente com Gérson, sobretudo depois da Lesão de Diego, um papel fundamental no plano táctico de JJ. A forma de jogar do Flamengo mudou e se no primeiro jogo o ritmo era baixo e os jogadores demonstravam, por vezes, estar perdidos em campo à medida que o tempo foi passando e jogo após jogo o futebol ofensivo apresentado pelos pupilos de JJ foi crescendo as ideias cada vez mais assimiladas e mesmo depois de perder 6 titulares entre lesões, algumas graves, e castigos a equipa não “perdeu gás” embora alguns jogos as exibições foram menos conseguidas (assim de cabeça lembro-me de 3) no final os três pontos iam sempre com Jesus. É certo que não se podem ganhar todos os jogos com exibições refinadas as vezes jogamos mal e mesmo assim aquela estrelinha da sorte faz questão de não nos abandonar e outras vezes até o adversário bem organizado obriga-nos a mudar estratégias com o decorrer do jogo e a ter de dar o certo pelo incerto na procura da “felicidade”.
Procurou alterar sistema táctico, do anterior 4x3x3 utilizado na maioria dos jogo por Abel Braga optou por um 4x2x3x1 que apesar de ter 2 pivôs defensivos é uma equipa bastante ofensiva com várias variações em posse. E dependendo dos protagonistas a explorar ou a largura ou a profundidade.
Trouxe uma nova dinâmica e uma maior intensidade, sobretudo nas fases de transição.
Mais que as boas exibições JJ trouxe novamente a crença aos adeptos rubro-negros quer em casa quer fora a “torcida” tem comparecido em massa e a crença nesta equipa é muito grande. Com a final da Libertadores à porta independentemente do resultado final a grande vitória deste Flamengo foi devolver a esperança aos adeptos, e esse crédito tem de ser dado a JJ.
Será Jorge Jesus capaz de festejar a Libertadores e o Brasileirão?
Será uma decepção ganhar “apenas” uma das competições?
Na minha opinião será uma desilusão se não conseguir ganhar nenhuma das duas.
Não ganhando a Libertadores teve o mérito de chegar à final algo que não acontece desde de 1981 única final na competição que acabou por vencer numa final jogada a 2 mãos contra o Cobreloa do Chile (2-1 em casa e perdendo 1-0 no Chile) tendo no jogo de desempate ganho por 2-0 com dois golos de Zico.
Não ganhando o campeonato, depois de recuperar 8 pontos e depois de ter estado com 10 pontos de vantagem será uma decepção do ponto de vista dos sócios e simpatizantes do clube atenuada apenas se conseguir triunfar na Libertadores.
Se ganhar as duas competições, com aliás espero e vaticino (
) Jorge Jesus terá um ano memorável que perdurará para sempre na história do Flamengo. Arrisco-me a dizer que se conseguir, no próximo ano terá uma estátua no Maracanã e 80% dos bebés do sexo masculino nascidos depois dessas conquistas terão o nome de Jorge Jesus...Esperaremos pelo final da época desportiva do Flamengo.
Tiago Gonçalves
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