Portugal vs Luxemburgo breve análise


Portugal entrou para este jogo num sistema táctico de 4x3x3. Não tradicional visto que a frente de ataque era bastante móvel sem um avançado fixo.


Organização ofensiva

Os extremos ficavam bastante interiores de forma a deixar todo o corredor para os alas estando estes sempre bem largos e profundos. Os 3 da frente procuravam sempre criar espaços e linhas de passe. O meio campo formava um triângulo sendo sempre o homem mais avançado o Bruno este apoiava mais o ataque com passes a rasgar a defesa adversária. Sendo o mais posicional de todos o Danilo ficando sempre mais próximo dos centrais. Portugal no fundo aproveitava o facto de os 3 da frente ( Félix, Ronaldo e Bernardo ) serem muitos fortes tecnicamente, no 1 para 1 e aproveitava a sua rapidez para criar espaços na defesa adversária.








Organização defensiva

Portugal defendia com uma clássica linha de 4, ficando Danilo um pouco mais na frente e os extremos desciam para criar outra linha de 4 juntamente com os outros elementos de meio campo Moutinho e Bruno ficando Ronaldo mais solto na frente a ocupar o lugar de 9. Basicamente Portugal  defendia em 4x1x4x1. Sendo que foram raras as vezes em que a selecção esteve em organização defensiva pois esta teve maioritariamente a bola o tempo todo e mal a perdia pressionava para a recuperar mas aí entramos no campo de transição defensiva que abordarei mais à frente. O que se notava era um comprometimento total de toda a equipa em defender ficando só o Ronaldo mais solto. Faziam uma pressão no adversário sendo o primeiro homem de pressão o Ronaldo e de seguida a segunda linha e assim sucessivamente.




Transição defensiva

Como já referi acima Portugal teve na maior parte do tempo com bola e quando não a tinha recuperava-a logo. Mal perdiam a bola a selecção pressionava de imediato com vários jogadores de forma a provocar o erro da selecção adversário. 


Transição ofensiva


Portugal atacou quase sempre em ataque organizado e mesmo quando recuperava a bola, não procurava sair em transição mas sim sair em ataque organizado. Em poucas vezes que procurou sair em transição, solicitava sempre a ala direita explorando a velocidade de Nélson Semedo e a sua qualidade no 1x1.

Concluindo

Em geral temos de ter em atenção a diferença de qualidades entre as duas selecções, Portugal é uma selecção muito superior a todos os níveis e soube explorar isso. Soube também explorar a equipa que tinha à sua frente e as suas fraquezas, procurando mesmo assim nunca a subestimar.
Resumindo foi um jogo bastante acessível para a selecção, que mesmo assim procurou sempre o golo e impor velocidade no jogo.



Maria Gonçalves

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